Machine translation. Original Portuguese text follows.
Foreign forces "should have left Timor-Leste by now - Matan Ruak Daily News - Lusa. August 27, 2009
The Chief of Staff of the Falintil-Defense Forces of Timor-Leste (F-FDTL), Taur Matan Ruak, told Lusa that never agreed with the presence of foreign troops in their country, and can break at any time who want to.
I, a general, never accept an international presence because we fought 24 years, relying solely on our own strength, said Taur Matan Ruak, a few days off from the celebration of ten years of the popular consultation of 30 August 1999, which led East Timor to independence.
"They [foreign troops] are here because they were called by the state of East and there will be a day that will come out when they feel they are no longer useful," continued the head of the Timorese forces.
They are in East Timor about 750 Australian and New Zealand soldiers in the International Stabilization Force, as requested by the Timorese authorities during the institutional and security crisis in 2006, who had involvement of the armed forces and police, leaving several districts in a state of chaos and 150 displaced people.
"Anytime you want to leave, they leave. They should have left, but may be later, no problem," said the head of the East Timorese armed forces, making it clear that he will follow the guidance of political power.
"Who am I? I'm just a general under the guidance of political power," said Taur Matan Ruak, adding that the relationship between their forces and foreign "is never easy to tell the truth."
Ten years ago, Taur Matan Ruak was the commander of Falintil and was stationed with a thousand guerrillas in Uai Mori, the half-slope of the mountain of the Lost World.
On August 30, remembers having prevented the guerrillas from voting "for Indonesia to show confidence in people and in victory."
The actions of integrationist militias, supported by the Indonesian army, "were nothing, because what they did before the referendum was much worse," said Taur Matan Ruak
"Our struggle was not made on the basis of provocation but of our plans and our intentions, with clear objectives," he said.
After all, "was the first and only time that we would decide the victory and independence of our country," said the military commander.
"The guerrillas knew and were instructed in this regard that in the days when there was much carnage and confusion, was the day that we would win the war. It was not worth acting irrationally as they were doing and the Indonesian militias," explained.
The nearly one thousand deaths in the process of popular consultation "were a necessary evil," said Taur Matan Ruak.
"The latest statistics point to 180 thousand deaths (during the occupation of Indonesia], so thousand between 180 thousand, for God's sake," said the commander, who is "understandable frustration of people in Indonesia, after 24 years convinced they would win, "he said.
"They took a slap, it's understandable," he insisted.
Taur Matan Ruak also found that in the last ten years the East Timorese leadership felt difficulty in fulfilling the expectations of the people, and that despite the "scare of 2006, the country is on track.
The commander of the armed forces also noted that "the country's history has never been a bed of roses" within the 2006 crisis as "more a test of survival," the struggle for development.
"We are able to cope with shocks and to project the country," he said, concluding that "East is not a failed state."
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AS FORÇAS ESTRANGEIRAS “JÁ DEVIAM TER SAÍDO” DE TIMOR-LESTE – Matan Ruak
Diário de Notícias – Lusa . 27 Agosto 2009
O chefe de Estado Maior das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Taur Matan Ruak, disse à Agência Lusa que nunca concordou com a presença de tropas estrangeiras no seu país e que podem partir em qualquer momento que queiram.
Eu, general, nunca aceitei a presença internacional, porque lutei 24 anos, contando unicamente com as minhas próprias forças", afirmou Taur Matan Ruak, a poucos dias da celebração dos dez anos da consulta popular de 30 de Agosto de 1999, que conduziu Timor-Leste à independência.
"Eles [forças estrangeiras] estão aqui porque foram chamados pelo Estado de Timor e vai haver um dia que vão sair quando sentirem que já não são mais úteis", prosseguiu o responsável das forças timorenses.
Estão em Timor-Leste cerca de 750 militares australianos e neozelandeses no âmbito da Força de Estabilização Internacional, pedida pelas autoridades timorenses durante a crise institucional e de segurança em 2006, que teve envolvimento das forças armadas e da polícia, deixando vários distritos em estado de sítio e 150 mil deslocados.
"Em qualquer altura que queiram sair, que saiam. Já deviam ter saído, mas pode ser mais tarde, não há problema", disse o chefe das forças armadas timorenses, deixando claro que seguirá a orientação do poder político.
"Quem sou eu? Sou só um general sob as orientações do poder político", afirmou Taur Matan Ruak, acrescentando que a relação entre as suas forças e as estrangeiras "nunca é fácil, para dizer a verdade".
Há dez anos, Taur Matan Ruak era o comandante das Falintil e encontrava-se acantonado com cerca de mil guerrilheiros em Uai Mori, a meia-encosta da montanha do Mundo Perdido.
No dia 30 de Agosto, recorda-se de ter impedido os guerrilheiros de votar "para mostrar à Indonésia a confiança no povo e na vitória".
As acções das milícias integracionistas, apoiadas pelo exército indonésio, "não eram nada, porque aquilo que eles faziam antes do referendo era bem pior", assinalou Taur Matan Ruak
"A nossa luta não era feita na base da provocação mas dos nossos planos e nossas intenções, com objectivos bem claros", assinalou.
Afinal, "era a primeira e única vez que íamos decidir pela vitória e independência do nosso país", frisou o comandante militar.
"Os guerrilheiros sabiam e foram orientados nesse aspecto de que, no dia em que houvesse muito massacre e muita confusão, era o dia que iríamos ganhar a guerra. Não valia a pena agir de forma irracional como estavam a fazer os indonésios e milícias", explicou.
As cerca de mil mortes ocorridas no processo da consulta popular "foram um mal necessário", declarou Taur Matan Ruak.
"As últimas estatísticas apontam para 180 mil mortes (no período da ocupação da Indonésia], portanto mil entre 180 mil, por amor de Deus", disse o comandante militar, para quem é "compreensível a frustração dos indonésios, depois de 24 anos convencidos que iam vencer", frisou.
"Levaram uma bofetada, é compreensível", insistiu.
Taur Matan Ruak considerou ainda que nos últimos dez anos a liderança timorense sentiu dificuldade em cumprir a expectativa da população, e que apesar do "susto de 2006", o país está no caminho certo.
O comandante das forças armadas lembrou ainda que "a história do país nunca foi um mar de rosas", enquadrando a crise de 2006 como "mais um teste de sobrevivência" na luta pelo desenvolvimento.
"Somos capazes de enfrentar as pancadas e de projectar o país", afirmou, concluindo que "Timor não é um estado falhado".
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